domingo, 15 de janeiro de 2012

VALOR...

Será que damos “valor” às pessoas que nos rodeiam? Quanto valem os nossos amigos? Qual o “preço” duma amizade? Qual a valia de um familiar? Somos pequenos “pedaços de madeira” perdidos neste “mar” a que chamamos sociedade, pedaços de madeira como aqueles que podem ser apanhados por qualquer pessoa numa praia, atirados, mal tratados, espezinhados, mas que também podem ser acarinhados, bem tratados, limados e polidos pelas mãos de quem soube dar “valor” e vê a beleza e o potencial que está por detrás desse pedaço de madeira… Gosto de me ver como um “pedaço de madeira” que é o resultado de tudo o que já passou e vai passando, algumas mossas, muitos golpes e feridas, mazelas q.b., mas também limado, concertado, polido e até mesmo transformado numa bela caixa que apesar de ter algumas arestas, defeitos, falhas por limar e algumas imperfeições, guarda muito “valor” lá dentro. A muitas pessoas falta valor, não parecem ter qualidade alguma nem utilidade, não se lhes vê alguma mais valia, mérito ou préstimo, no entanto, acredito que essas pessoas servem para darmos valor a outras. Quantos de nós não demos valor a alguém por termos sido maltratados ou ignorados por outra pessoa? Quantos não se arrependeram da forma como tratámos alguém quando sentimos na pele o mesmo trato? Quantos de nós não seremos no nosso dia-a-dia pessoas sem “valor”??? Muitas pessoas não se apercebem que rebaixam quem está à sua volta apenas para terem as pessoas que as rodeiam ao seu nível, em vez de tentarem ser melhores pessoas, em vez de fazerem algo por si e pelos outros. Apesar do nosso valor estar na importância que temos para as pessoas que nos rodeiam, está também e principalmente na nossa própria valorização, no nosso mérito, nas nossas virtudes, na capacidade de tentarmos e querermos ser melhores. Somos melhores quando nos superamos a nós próprios, não quando superamos os outros.

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